Beach Park e Jericoacoara

BEACH PARK

Bom, esta viagem em março/2015, eu estava grávida de 3 meses da pequena Sara. A Hospedagem foi por 3 noites no Beach Park, com café e jantar. Cheguei no Beach Park cedo e tive que aguardar o horário de check in (16h), mesmo assim já pudemos usufruir da estrutura do hotel. Fiqieu no Beach Park Suites, a estrutura em geral é simples, tem 1 restaurante, os quartos são bem amplos e há uma ante-sala, porém a decoração não tem nada demais. A piscina é grande e tem bastante atividade para crianças. Durante o dia eu mal via meu filho de 5 anos.

A grande vantagem do resort é o Beach Park, que fica ao lado (para ir a pé) e os hóspedes têm acesso ao parque nas noites em que há atrações. A comida é ótima, porém inclui apenas café e jantar e o almoço ou qualquer outra refeição é caríssima, tanto no hotel quanto na praia ao lado. Como não há quase nenhuma opção de restaurante e barraca próxima as barracas do beach park acabam cobrando mais caro pelas refeições. Um almoço sai, em média R$200,00 (casal + 1 criança). Nesta mesma barraca de praia e dentro do parque há um bolinho de camarão fantástico que merece destaque.

O dia no parque aquático sai por R$210,00 mas é possível comprar combos. Quem está hospedado no beach park com a tarifa de meia-pensão tem direito à entrada no parque, porém quem tem apenas café ou jantar incluído no pacote deve adquirir o ingresso de acesso ao parque.




No primeiro dia fui para o parque, o primeiro brinquedo foi o INSANO (eles fazem uma festa na abertura do brinquedo e escolhem uma pessoa para descer primeiro acompanhado por bolinhas coloridas); como eu estava grávida não fui, mas meu esposo foi e adorou, desceu no Inano umas 6 vezes. Apesar de ser a atração mais famosa do parque é pouco disputada, a fila geralmente é pequena e leva apenas alguns minutos para que tenha a sensação de "salto em queda livre" que o brinquedo traz.




Quase todos os brinquedos estavam com fila grande, a cápsula é bem interessante, porém também não pude usufruir. Como estava acompanhada da minha médica e amiga, consegui aproveitar um pouco dos toboáguas (os que não tinham impacto na região da barriga), porém para gestante todo cuidado é pouco. Há o rio que é bem extenso, porém as bóias também estavam disputadas.

Dentro do parque há restaurante e barracas, porém, como eu já disse, os preços são altos. Aproveite seu dia no parque.

Para quem se hospeda no resort, em determinadas noites, há programação (shows, karaokês) e as mesmas acontecem em uma área do parque, porém as atrações ficam desligadas.


No dia seguinte o passeio foi de buggy até a praia da areia colorida. Os cenários deste lugar são espetaculares. A novela "Sansão e Dalila" da Record foi gravada lá. Aproveite para fazer um tour com guia local nas areias, eles costumam cobrar baratinho. O Ceará tem como fonte de energia a energia eólica, então cataventos gigantes são instalados em toda orla. Costuma ventar bastante. No caminho o buggy ainda passa em uma caverna, em uma fonte de água para banho e em outras praias.





Senti falta de mais atrações noturnas no resort, não tem absolutamente nada para adolescentes, este é um ponto fraco.


A noite optei por visitar Fortaleza (o resort está cerca de 30km da capital), fui até a feirinha de Iracema (que já conhecia em viagem anterior), aproveite para comprar lembrancinhas por ali.

O jantar deste dia foi no COCO BAMBU, o melhor restaurante da região. Pedimos lagostin, camarão e uma massa, a conta saiu por R$ 250,00 por casal.


No dia seguinte voltei ao parque aquático, meu filho de 5 anos passou bastante mal do estômago, acho que a comida nordestina são um pouco forte para crianças. Estava tudo pronto para partir no dia seguinte rumo a Jericoacoara.



JERICOACOARA


Há 3 formas de chegar em Jeri, de 4x4 pela estrada e depois praia, de ônibus pela estrada e depois pau de arara pela praia ou de buggy pela praia, sendo a mais rápida a primeira (e mesmo assim o trajeto demora 5 horas). Optei por 4x4 (o mais caro R$1000,00 ida e volta), já que estava com crianças. O percurso é tranquilo, bom, pelo menos até chegar na área da praia, dali para frente o veículo trepida bastante. Sai do Beach Park às 14h e cheguei em Jeri por volta das 20h, como estava de noite não deu para ver a praia direito. Houve parada para lanche no caminho, mas não recomendo (eram bares regionais e a comida tinha odor bem forte, o máximo que conseguimos comer foi um queijo coalho).



A cidade é pequena, tem 4 ruas e todas elas dão na praia, durante o dia até é movimentada, no início da noite tem a feirinha e fica cheia de turistas perambulando, depois das 22h começa a esvaziar e falta iluminação.

A hospedagem foi na Pousada do Norte, em frente a duna do por do sol. A pousada é limpa e aconchegante, tem uma piscina relativamente pequena. O café da manhã é bom. A localização é ótima, fica bem em frente à duna onde todos vão para ver o famoso pôr do sol. Há diversas redes em frente aos quartos. 



Fui jantar no TAMARINDO, o restaurante de maior fama em Jeri, os pratos são individuais e custam cerca de R$30 a R$80,00. O ambiente é agradável, as mesas ficam embaixo de uma árvore de tamarindo, a iluminação é suave e o chão de areia, aliás, não leve sapatos para Jeri, não vai usar, todas as ruas e lojas, restaurantes são de areia fofa. No máximo, um chinelo durante o dia para não queimar o pé, mesmo assim é difícil andar de chinelo por lá.


Contratei um bugueiro (CHICÃO) que me levou com minha família para fazer os passeios em 2 dias. No passeio, a primeira parada foi para conhecer a PEDRA FURADA (sinceramente, uma furada rsrs), o buggy nos deixa em uma duna e de lá vamos andando, o caminho é cansativo e difícil, há pedras pelo percurso, é bem longe, o sol escaldante dificulta ainda mais e a areia é bem quente (leve chinelo, água, uma camiseta, chapéu). Tudo isso para chegar em uma enorme formação rochosa com um furo no meio. Até é um lugar bonito (me lembrou o Algarve, em Portugal), mas como eu estava gestante não estaria tão disposta a fazer tudo isso para ver uma pedra. Enfim, depois de algumas fotos (tente tirar de um ângulo que parece que você está em cima da pedra), foi a hora de voltar ao buggy e o caminho ficou pior inda, ainda mais no final que temos que subir a duna. 


**Esqueceu a máquina? Não tem problema, há diversos fotógrafos que ficam próximo da pedra, é só pedir para tirar uma foto e depois ele entrega no hotel que está hospedado. 







Depois da duna o buggy partiu em direção à lagoa do Coração, os cenários do percurso são incríveis, um mundaréu de dunas desertas com algumas formações de pequenas lagoas; a vegetação (quase sempre seca) e a fauna (as corujas saem curiosas de suas tocas) nos deixa com uma sensação maravilhosa. 

Enfim, chegamos na lagoa do coração, quase seca devido à falta de chuvas. Mergulhamos por alguns minutos e, enfim, íamos a ùltima parada do dia, a Lagoa do Paraíso (aquela famosa por suas redes dentro da água). Ficamos cerca de 2 horas por lá, a diversão era uma mistura de pulos e mergulhos com relaxar nas redes. Maravilhoso!! Há uma boa infra nesta lagoa, um restaurante grande, serve bons pratos. O clima não estava tão bom, caiu uma chuva forte e rápida enquanto ainda estava visitando a lagoa. 








Após o buggy ainda fez uma parada para tirar fotos com algumas esculturas em pedras (se me lembro bem é patrimônio), nada demais, mas valeu pelas fotos.


A chegada ao hotel foi no início da noite, portanto, perdi o pôr do sol do primeiro dia. Jantei no restaurante ZCHOPP, no Centro, a pizza era barata e boa e ainda tinha double caipirinha. Neste dia estava programada para ir ao forró, mas meu marido estava passando mal, então deixamos para o dia seguinte. 

No outro dia o Chicão estava cedo na porta do hotel, desta vez iria conhecer a Nova Tabajuba. A primeira parada foi no Mangue Seco, onde um passeio rápido de barco nos introduz à vida de cavalos marinhos, o guia do barco pega alguns para que possamos observar e tirar foto. 


*** Interrompendo um pouco as dicas e descrições da viagem, vou contar o que aconteceu e acredite, seria cômico, se não fosse trágico, mas talvez você dê um pouco de risada comigo.  Entramos (eu, minha família, e nossos amigos) no pequeno barco, onde o guia foi explicando que os cavalos marinhos estão em extinção, há uma espécie super rara neste lugar, que são super sensíveis e apenas um toque pode matá-los. O guia pegou com seu vidro um pequeno cavalo-marinho macho, "grávido" (o cavalo-marinho é que engravida e dá à luz cerca de 100 a 500 filhotes por gestação). Logo após ele capturou uma fêmea. O vidro passou de mão em mão para que todos pudessem tirar fotos. Quando chegou minha vez o vidro saltou da minha mão direto para o chão do barquinho e os pobres cavalos-marinho ficaram se debatendo. O guia ficou com cara de chocado e todos no barco ficaram sem reação. Foi então que, correndo peguei os 2 pequenos e atirei correndo na água. Bom, o passeio acabou neste momento. Infelizmente não soubemos se sobreviveram, se morreram de falta de água ou com o fato de tê-los atirado ao mangue e terei que sobreviver sabendo que sou uma possível assassina de cavalo-marinho (e isso é muito triste, foi sem querer).






Após este desastroso contato com os cavalo-marinhos, visitei o Mangue-Seco. Fiquei impressionada com a paisagem, aquelas raízes inseridas na areia, tem um ar de conto-de-fada. Gostei muito.



Após, foi a vez de conhecer a Nova Tabajuba, o buggy fez uma parada em uma pequena casa, onde uma senhora idosa contou sua história, de como seu vilarejo havia sido soterrado pelas areias que se movem constantemente e ainda estava ali, debaixo daquela imensidão de dunas. Lá brincamos com um pequeno periquito, nossas crianças puderam andar de jegue (R$10,00) e me senti, por um instante, como moradora do sertão.







Depois o buggy se embrenhou nas dunas, das mais diversas, desceu dunas grandes, pequenas, o mais impressionante é que, diferente de Genipabu ou outras regiões com passeios de buggy por dunas, só tínhamos nós, aquela imensidão e mais ninguém a não ser o buggy dos nossos amigos. Houve ainda uma parada para descer de esquibunda e choveu novamente (aliás, em Jeri choveu todos os dias). 

O Chicão é um ótimo bugueiro, além de muito prestativo e experiente, nos levou para várias dunas onde ninguém mais passava, descemos várias dunas imensas com bastante emoção. É possível achá-lo em frente a pousada do Norte pela manhã.




Na volta, houve parada em um braço de mar onde há um pequeno restaurante e também algumas redes como na lagoa do Paraíso. Almocei um peixe na brasa, tudo é muito fresco, o garçon traz os peixes e você escolhe qual prefere. Achei maravilhoso. 





Cheguei na pousada a tempo de apreciar um dos mais belos pôr-do-sol do nosso país. Neste momento a duna fica cheia, as pessoas ficam ali um tempão sentadas, apenas apreciando a criação divina. Esta sim é de tirar o fôlego!






Decidi jantar crepe no NATURALMENTE, que fica em frente a praia. Foi um dos melhores crepes que comi na vida, maravilhoso!! Depois provei o sorvete da GELATO E GRANO, delicioso!!

No dia seguinte ficamos na praia em frente a pousada. Infelizmente março não foi uma época muito boa para visitar Jeri, o mar estava "limpando" e estava cheio de algas, mal dava para entrar na água. Além disso a cidade estava cheia de moscas, nos disseram que é da época, a caça de lagostas também é suspensa neste período. 

Almocei novamente no naturalmente (eu gostei muito) e nosso 4x4 voltou para nos levar de volta ao aeroporto de Fortaleza. Aqui acaba nossa aventura.

Quero fazer um agradecimento especial neste post aos nossos amigos Dely, Rodrigo, Luca e Antonella e tornaram esta viagem ainda mais especial!

Obrigada e até o próximo post...

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